Bleach: O fim de um anime escrito na história durante 8 anos

Estreava no
dia 5 de outubro de 2004, um dos animes que viriam a ser o maior sucesso
dos últimos tempos. Talvez não em números de ibope, talvez não em
vendas, mas provavelmente na legião de fãs que foram atraídos por aquela
série de um garoto que podia ver fantasmas, lutar contra eles, e tudo
com espadas, poderes sobrenaturais. Era demais! No , dia 27 de março de 2012, Bleach chega ao seu fim na televisão.
Talvez não seja um fim definitivo, mas não podemos afirmar com certeza
se essa história terminou aqui sua escrita. O mangá continua – mesmo com sua saga final anunciada pelo autor – e não duvidaria se posteriormente tivéssemos o anúncio de um OAD ou até mesmo de uma nova série de Ichigo e cia.

Bleach marcou uma época, e negar isso é besteira, haterismo puro.
Cumpriu sua missão e será lembrado durante muito tempo. Construiu uma
história duradoura e um anime que dificilmente envelhecerá durante os
próximos 5, talvez 10 anos. São poucas as séries da Shonen Jump que
conseguem alcançar essa marca de episódios nos dias de hoje, e isso é
louvável.
Essa é apenas uma pequena homenagem de um
redator que um dia já foi muito mais fã de Bleach, mas que não esquece
dos bons e divertidos momentos com a série. Sem comparações com One
Piece, com Naruto, com Reborn ou o que quer que seja. Hoje é o dia de Bleach.
Ou pelo menos de seu anime (sim, nada do que for dito aqui terá relação
com o mangá que continua em publicação no Japão e é lançado no Brasil
pela editora Panini).
A história

Um dia sua vida muda radicalmente quando uma garota aparece e se apresenta como Kuchiki Rukia, uma Shinigami vinda do outro mundo conhecido como Soul Society,
uma espécie de “mundo dos espíritos”. De cara, Ichigo não acredita
muito na história da garota mesmo tendo-a levado para seu quarto
(danadinho) mas acaba se rendendo a tudo que ouve quando um monstro
enorme ataca ele e a garota. Ela acaba ficando muito fraca e por esse
motivo ele terá que cumprir o papel que seria da detetive espiritual
Botan:
ele se torna um shinigami substituto, e com o poder de uma zampakutou
(uma espada gigante) ele terá que ajudar a menina até ela recuperar os
seus poderes.

Considerações Técnicas
Vamos deixar claro novamente antes de mais nada: Estamos falando do anime. Esqueçam o mangá nesse post.
Aliás, estou tendo o cuidado de não mencionar spoilers por aqui, para a
segurança daqueles que lerem esse post daqui alguns anos ou meses
procurando saber o que é Bleach. Como disse anteriormente, Bleach marcou
uma geração. As pessoas sempre viam nele um anime com elementos que
fazem muitos se apegarem a história: porrada, poderes, personagens
agradáveis e é isso aí. A verdade é que eu guardo um carinho especial por Bleach e não preciso esconder isso.
O anime sempre atendeu as minhas expectativas em relação a lutas e a
uma animação totalmente cativante. As cenas de ação da série são ótimas,
a trilha sonora é um mix de eletrônico com hip-hop e alternando com
BGM’s “básicas”.

E sim, estou incluindo aqui os fillers cansativos, mas com começo, meio e fim de Bleach. Fillers
que podem ser descartáveis em uma possível futura “coletânea” da série,
mas que sempre mantiveram o aspecto do anime em sua essência.
Mesmo ocupando praticamente metade do anime e sendo alvo de xingamentos
por parte dos fãs, não podemos dizer que esses episódios foram
simplesmente “largados” pelo estúdio. O canon (filler escrito pelo
próprio autor Tite Kubo) sobre as zampakutous possui uma das melhores
animações de toda a série, com a responsabilidade de ter fatos
relevantes para a história.



Porém, apesar de Bleach passar longe de ser genial, ele é o que se propõe a ser: divertido, e nesse aspecto não há o que se negar.
As lutas do anime são empolgantes e em alguns episódios a animação se
destaca entre muitos animes que temos por aí. Além disso, os episódios
de “dias normais” de Bleach sempre acabam tendo situações engraçadas e
cômicas, auxiliadas pelas ótimas expressões dos personagens. O anime é
impecável ao mostrar esse lado “moleque” da série, que a todo instante
oferece um produto de entretenimento puro para seus telespectadores.

Foram-se 8 anos que com certeza servirão
de exemplo para as futuras gerações de animações que tentarem chegar a
essa marca. Em quanto tempo a Shonen Jump conseguirá colocar na mídia um
anime assim novamente? Seja Ishida e seu sangue Quincy, Inoue e seus
dotes saltitantes, Chad e suas partes do corpo mexicanas do demônio,
Rukia e seu jeito explosivo ou Ichigo com seus momentos de protagonista
irritante. Não importa como, de alguma forma esses personagens estarão marcados para todos que acompanharam esse anime,
talvez de uma forma diferente do mangá, afinal a cada semana você
sentirá falta daquela música de abertura, daquela voz de um dublador. Bleach se despediu da TV de cabeça erguida, essa é a verdade.
Comentários Finais

Um fato é que o dinamismo do anime de
Bleach é satisfatório, empolga, e isso o fez alcançar a fama nos dias de
hoje. Muitos fãs da série estão espalhados pelo mundo, alguns ainda
achando que o “fim” é só um boato que se espalhou. Mas não, Bleach
acabou. E escreveu sua história nesse pequeno mundo dos animes, queiram alguns ou não.

Digo e reafirmo: o anime de Bleach é melhor que sua série em quadrinhos.
Não sou hater, muito pelo contrário. Por esse motivo posso criticar sem
me sentir culpado. A série é um ótimo entretenimento e é vendida como
tal. Não tente assistir procurando Códigos Da Vinci ou buscando “brigas” com outros fandoms por quem é melhor ou pior.
Isso é desnecessário. Quer lutas, boa animação e personagens que com
certeza você irá guardar de alguma forma? Não perca tempo e dê uma
chance para a série.

Mas independente disso, prefiro comentar
aqui como fã dos momentos engraçados e divertidos que esse anime me fez
passar. Fará falta, mas será lembrado, e não há como negar. Até logo, Bleach. Obrigado por esses 8 anos de companhia. “Te vemos” algum dia desses.
por:Guilherme
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